domingo, 6 de junho de 2010

Os Loucos

Caminham trilhos desfeitos, abrem portas fechadas
E entre jeitos e trejeitos, dizem certezas sonhadas;
Trazem o céu nos olhos, uma nuvem nas mãos,
Sorrisos aos molhos e são todos seus irmãos.

E em madrugadas frias, quando beijam as alvoradas,
Adivinham os dias, sem memórias guardadas...

Tudo pintam a cores: as dores? São flores;
Cidades? São campos! E festejam as tempestades,
Dos Invernos infernais, vivendo os vendavais,
Trovões e ventanias, como se fossem romarias.

E em madrugadas frias, quando beijam as alvoradas,
Cantam os dias, com vozes apaixonadas...

E um dia, também eu, chegando ao mesmo céu,
Vindo da vida incerta, trazendo a alma ao léu,
Carregando no corpo, nada mais que as mazelas,
Olharei o firmamento, hei-de contar as estrelas...

E em madrugadas frias, beijarei as alvoradas,
E cantarei os dias, sem memórias guardadas!

1 comentário:

Freyja disse...

... eles andam aí!