terça-feira, 9 de setembro de 2008

Ocaso

Aqui é o ocaso
E minh' alma cansada,
Confessa poemas
Perdidos nas rugas
Da roupa que tem por morada.

Pintou-se de brumas, de sangue,
de flores, de noivo, de luto
E de mil cores e dores

Entre as brasas que pisou,
Bebeu néctar e lodo,
Comeu natas e nadas e pão!
Pão que o diabo amassou!

Agora rima,
Perdida, caída,
Mas não vencida,
Por ter ousado, um dia,
Haver vestido a vida!

Leonel Auxiliar 1995/96

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