Ao longe o gamo salta
Manhã cedo na savana
O capim seco e alto
Desespera já
Queima o calor
Onde se esconde
O predador.
O rugido é quando a dor
Cansada da corrida
Se entrega em frenesim
Ao final da vida.
O voraz alado
Vigia o capim
Lá do azul pesado.
O pó recusa a brisa
Salpica os bichos
Quando empurrado
Pela feroz batalha.
O sangue escorre
Na pisada palha
O gamo morre.
Beja, 26.11.09
Sem comentários:
Enviar um comentário