Pela bruma azul de uma manhã
Molhada rua de orvalhos
Promessa de primavera
Vi-te chegar.
Neblina de flores
Em diáfano bailado
Sereia de doce andar
Olhar de quimera
Sorriste âmbar.
Revelam-se profundezas
Silêncios agargantados
Miradas esquivas
Mar de incertezas
Coraste o mundo.
De tanto colorir
Este ar que respiro
Teu corpo exala o desejo
Que me trespassa o peito
De dar-te um beijo.
Não contente meu sonho
Levou-me em asas brandas
Viver o futuro
Que agora passou.
Suspiraste a lua.
Por fim, cansado
Quase morto
Vejo outro passado
Com outra rua
Como aquela
Onde ficaste nua.
21.11.09 Beja
Sem comentários:
Enviar um comentário